quarta-feira, 20 de julho de 2011

Paraguai garante uma vaga na final

Publicado em 21 de julho de 2011
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Mais uma vez, a seleção paraguaia foi dominada durante boa parte da partida, mas teve competência na hora de decidir
FOTO: REUTERS
Equipe do técnico Gerardo Martino bate a Venezuela nos pênaltis e vai decidir o torneio sem ter vencido nenhum jogo
O Paraguai pode fazer história no domingo ao conquistar uma Copa América após 32 anos. Se conseguir o fará com, no máximo, uma vitória no torneio. Isto porque ao bater a Venezuela nos pênaltis (5 a 3), após empate no tempo normal e na prorrogação em 0 a 0, em Mendoza, na Argentina, a equipe treinada por Gerardo Martino chega à decisão da competição continental sem vencer uma partida sequer. Foram cinco empates – dois contra o Brasil, dois contra a própria Venezuela e um diante do Equador, na estreia.

Agora, o Paraguai decide o título com o Uruguai, no domingo, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, Argentina.

A seleção celeste garantiu sua vaga na última terça, ao derrotar o Peru por 2 a 0 na cidade de La Plata.

Jogo
A Venezuela, que pela primeira vez foi à semifinal de uma Copa América, mandou três bolas na trave do rival, contando a prorrogação. Como acontecera com o Brasil no domingo, foi a “Vino Tinto” quem dominou a partida diante do Paraguai e chegou a ter um gol anulado, com Vizcarrondo ainda no primeiro tempo.

Mas a partida acabou mesmo indo para os pênaltis, momento em que novamente brilhou o goleiro paraguaio Villar. Ele defendeu a cobrança de Lucena e pôs sua seleção na grande decisão da Copa América-2011

domingo, 17 de julho de 2011

Brasil erra todos os pênaltis e cai diante do Paraguai na Copa América

Heuler Andrey/AE

Quatro pênaltis, todos perdidos. Exatos 17 anos depois de ser campeão do mundo exatamente nos pênaltis, o Brasil foi eliminado pelo Paraguai da Copa América, neste domingo à tarde, em La Plata. Depois de um empate em 0 a 0 em 120 minutos, em que o time brasileiro foi melhor praticamente o tempo todo, falou mais alto o nervosismo brasileiro. Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred. Todos bateram toscamente - Villar só precisou defender a cobrança do zagueiro. Vitória paraguaia por 2 a 0.
Havia 16 anos que o Brasil não perdia uma decisão por pênaltis - em todas as competições oficiais que joga. A última havia sido em 1995, na final da Copa América daquele ano, para o Uruguai. Nas duas edições mais recente, o time havia vencido assim o Uruguai nas semifinais de 2004 e 2007 e a Argentina na final de 2004.
O adversário do Paraguai sairá do confronto entre Venezuela e Chile, que jogam logo mais em San Juan. A semifinal está marcada para a quarta-feira, às 21h45, em Mendoza, cidade com forte presença de chilenos. Na outra chave, o Peru pega o Uruguai.
O Jogo
Depois de ficar ausente dos últimos treinos da seleção antes do jogo deste domingo, por conta de fadiga muscular na coxa direita, Thiago Silva virou dúvida no Brasil. A importância da partida, porém, falou mais alto e Mano Menezes pôde escalar força máxima. Já o Paraguai entrou em campo desfalcado de Roque Santa Cruz, que se machucou na última rodada da primeira fase. Valdez o substituiu.
Os paraguaios, porém, tinham o apoio da torcida, que, somada aos argentinos anti-Brasil, era maioria em La Plata. Jogavam, porém, como visitantes e a seleção brasileira é quem tocava a bola no campo de ataque. E foi numa troca de passes que nasceu a primeira boa chance do Brasil. Robinho, jogando centralizado, deu bom passe para Alexandre Pato na esquerda. O atacante procurou Ganso, mas foi travado por Da Silva. A bola sobrou com Neymar, que bateu de primeira da entrada da área. Escorregando na areia, mandou para longe.
Quando conseguiu acertar mais uma boa troca de passes com seus homens de frente, o Brasil voltou a levar perigo. Aos 26, Ganso tocou na área para Robinho, que teve espaço para chutar, mas foi solidário, passando a Neymar. O santista bateu à direita do gol.
A chance mais clara de gol no primeiro tempo, porém, nasceu da bola parada. André Santos cobrou falta da esquerda e Lúcio apareceu livre na frente do gol. Desviou de carrinho e Villar pegou a queima-roupa, na base do reflexo.
Se o primeiro tempo foi sonolento, no segundo a atuação brasileira empolgou. Logo com 3 minutos, o Brasil, que retornou para o intervalo sem alterações, voltou a levar perigo à defesa paraguaia. Mais uma vez a jogada nasceu de troca de passes. Pato deu a Neymar na área, pela esquerda. O santista cortou a marcação e bateu tirando de Villar. Alcaraz, atrás do goleiro, impediu o gol.
Ainda que não estivesse numa tarde inspirada, Neymar chamava a responsabilidade. Aos 10, ele carregou pelo meio e tocou para Ganso. A bola ainda passou pelos pés de Robinho antes de voltar ao atacante, que bateu da entrada da área, para fora.
Aparecendo ao ataque menos do que contra o Equador, Maicon recebeu de Ganso, limpou a jogada e tocou para Robinho, que bateu para fora, aos 17. Quatro minutos depois, Ganso pegou um rebote na entrada da área, chutou no canto esquerdo baixo do gol paraguaio e Villar fez ótima defesa. A bola ainda bateu no pé da trave e voltou nas costas do goleiro, indo depois para fora.
A seleção brasileira vivia seu melhor momento no jogo e, aos 27, criou mais uma boa oportunidade. Neymar bateu falta da direita, a bola passou por muita gente e chegou no peito de Pato. O atacante dominou e bateu, já na pequena área. Villar pegou com o pé, no susto.
Em busca do gol da vitória, Mano Menezes mexeu no ataque brasileiro. Tirou Neymar e colocou Fred. Com pouco tempo em campo, o jogador do Flu quase marcou, de cabeça, após escanteio batido da esquerda. Barreto tirou em cima da linha. Antes, Pato também havia ficado mais uma vez perto de abrir o placar ao receber de Robinho na área e chutar em cima de Villar. No rebote, cabeceou para fora.
O Paraguai, que só havia dado um chute a gol, aos 5 do primeiro tempo, numa batida de Estigarribia de fora da área, à esquerda, resolveu se arriscar mais no fim do jogo. Barreto e Valdez tentaram, mas só um dos chutes chegou ao gol, para defesa fácil de Julio Cesar. A melhor chance poderia ter sido aos 48 minutos, quando Ramires foi desarmado e os paraguaios começaram a armar um contra-ataque de três contra um. O árbitro Sergio Pezzotta encerrou o jogo e salvou o Brasil.
Como teve muito mais posse de bola durante todo o jogo e Mano Menezes só fez uma alteração, o Brasil chegou cansado à prorrogação. Por isso, caiu muito de rendimento. Só Robinho ainda rendia, enquanto Fred, mais descansado, esperava uma bola na área.
Aos 11 minutos, após uma disputa de bola mais dura, os jogadores de Brasil e Paraguai deram início a um empurra-empurra. Lucas Leiva e Alcaraz, que foram os que chegaram mais violentamente na confusão, foram expulsos, deixando os dois times com dez jogadores em campo.
Com as entradas de Elano e Lucas, o Brasil melhorou em relação à primeira etapa. Apesar do maior interesse em definir o jogo antes dos pênaltis, não conseguiu criar nenhuma chance real de gol. O Paraguai, por sua vez, levou perigo em um chute sem pulo de Valdez. Julio Cesar ficou olhando a bola sair pela direita. Assim como no fim do jogo, o árbitro acabou a prorrogação quando os paraguaios armavam contra-ataque.
Elano foi o primeiro a bater. Displicente, chutou muito por cima do travessão. Barreto também não foi bem, chutando à direita. Julio Cesar estava na bola. Thiago Silva bateu mal e Villar pegou na esquerda. Estigarribia encheu o pé no meio do gol e abriu o placar na quarta batida. André Santos também tentou o meio, mas repetiu Elano e mandou na arquibancada. Riveros bateu com tranquilidade e fez 2 a 0. Fred mandou para fora, pela direita, e selou a humilhante eliminação brasileira no pênalti.
Ficha Técnica
Brasil 0 (0) x 0 (2) Paraguai
Brasil - Julio Cesar; Maicon, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires, Paulo Henrique Ganso e Robinho; Neymar (Fred) e Alexandre Pato (Elano). Técnico - Mano Menezes.
Paraguai - Villar; Darío Verón, Alcaraz, Paulo da Silva; Aureliano Torres (Marecos); Enrique Vera (Barreto), Riveros, Estigarribia e Cáceres; Lucas Barrios (Pérez) e Haedo Valdez. Técnico - Gerardo Martino.
Árbitro - Sergio Pezzotta (Argentina).
Cartões amarelos - Vera, Berreto, Estigarribia, Marecos, André Santos e Maicon.
Cartões vermelhor - Alcaraz e Lucas Leiva.
Renda e público - Não disponíveis.
Local - Estádio Ciudad de La Plata, em La Plata (Argentina).

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Com ataque jovem e badalado, Mano exalta defesa de veteranos

 

Técnico tem evitado críticas aos defensores e cobra atacantes por mais gols e ajuda na marcação

Marcel Rizzo e Paulo Passos, enviados iG a Córdoba | 15/07/2011 07:45


Mais de uma década separam Neymar e Pato de Julio Cesar e Lúcio, respectivamente. A diferença de idade e, principalmente, a experiência em grandes competições trazem respaldo na hora das decisões. Assim pensa o técnico da seleção brasileira Mano Menezes.

Acreditando nisso, o treinador resolveu dar mais poder aos jogadores da defesa da seleção brasileira. Apesar do time ter levado dois gols na vitória sobre o Equador, na quarta, Mano Menezes evitou críticas ao setor. A estratégia do treinador é ganhar confiança dos jogadores mais experientes do time para a fase decisiva da Copa América, que começa neste domingo para o Brasil, contra o Paraguai, às 16h (horário de Brasília).

Com a entrada de Maicon, que foi pedida por Lúcio e Julio Cesar, a média de idade dos jogadores da defesa é de mais de 29 anos. O ataque formado por Neymar, Pato e Robinho têm média de 22 anos.

“O jovem ainda oscila mais na hora da decisão que os experientes. A mescla entre experientes e jovens é a medida certa. A juventude te leva a arriscar mais, não ter medo de errar, não aceitar nunca a derrota e se contrapor. Mas para isso você precisa ter um respaldo de jogadores mais experientes”, explicou Mano Menezes. Defesa é setor mais velho do time de Mano:

O processo de envelhecimento da seleção de Mano Menezes começou após a derrota para a Argentina, em novembro de 2010. No amistoso seguinte, contra a França, o técnico chamou o goleiro Julio Cesar, 31 anos, e o lateral Maicon, 29. Depois, para o jogo contra a Escócia, em março, Lucio, 33 anos, foi convocado e virou capitão.

A chegada dos veteranos, oriundos da era Dunga, expôs um choque de gerações na seleção. O comandante da seleção até ensaiou diminuir o poder do grupo dos mais velhos. A medida, entretanto, foi revista. Após os primeiros tropeços na Copa América, os empates com a Venezuela, na estreia, e com o Paraguai, na segunda rodada, Lúcio cobrou mais seriedade dos demais jogadores, o que constrangeu os mais novos no time.

Apesar de criticar o modo como o recado foi dado pelo capitão, de forma clara e aberta à imprensa, Mano Menezes acabou cedendo ao grupo de remanescentes da era Dunga. Uma prova disso foi a entrada de Maicon no lugar de Daniel Alves. “Não tiro nem deixo de tirar um jogador quando penso que a decisão deve ser essa. Não vejo como fator determinante para o Maicon ter entrado o fato dele jogar na Inter de Milão (com Julio Cesar e Lúcio)”, disse o treinador.
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