domingo, 29 de maio de 2011

Ex-generais da ditadura argentina condenados à prisão perpétua

Militares violaram os direitos humanos na província de Tucumán e perderam direito de receber a aposentadoria


BUENOS AIRES - Os ex-generais argentinos Antonio Bussi e Luciano Menéndez foram dispensados do Exército para cumprirem a pena de prisão perpétua à qual foram condenados por cometer crimes contra a humanidade, informou neste sábado (28) o Ministério da Defesa do país.

A resolução que dispõe da dispensa dos dois ex-generais de divisão, condenados por violação dos direitos humanos na província de Tucumán durante o período da ditadura (1976-1983), foram assinadas por Arturo Puricelli, ministro da Defesa. A baixa acarreta na perda do direito de ambos receberem a aposentadoria.

Menéndez, de 83 anos, e Bussi, de 85, foram condenados em agosto de 2008 como co-autores do sequestro, tortura e assassinato do senador peronista Guillermo Vargas Aignasse, em 1976, em Tucumán.

Eles receberam penas de "prisão perpétua e inabilitação absoluta e perpétua".

Desde a anulação em 2003 das leis de anistia, dezenas de processos relacionados a crimes contra a humanidade estão em curso na Argentina.

Cerca de 30 mil pessoas despareceram durante a ditadura no país, de acordo com números dos organismos humanitários.


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terça-feira, 17 de maio de 2011

Delegado diz que Paraguai serve como "escritório" de traficantes brasileiros

Rio de Janeiro, 17 mai (EFE).- O Paraguai serve como um "escritório" para os principais grupos de traficantes brasileiros, que se associaram a criminosos locais para eliminar intermediários no tráfico de drogas e armas, afirmou o delegado Antônio Celso dos Santos, adido da Polícia Federal no Paraguai à "Folha de S.Paulo".

"As grandes agremiações criminosas viram que teriam de ter representantes dentro do país produtor ou pelo menos no território onde trafegam as drogas e as armas, que é o caso do Paraguai", afirmou Santos.

Segundo o delegado, "eles estão se organizando para eliminar os intermediários e comandar toda a parte do tráfico no atacado", deixando de ser "simples consumidores, compradores e distribuidores dessa droga no Brasil" para se tornarem "os donos do mercado".

Ele considera que o Paraguai é um "campo muito fértil" para os grupos criminosos, já que as características geográficas do país dificultam os esforços do Governo de Assunção para combater o crime.

"Se eu sou criminoso e procuro um lugar para trabalhar, vou para um lugar com pouca polícia, onde minha chance de ficar preso é pequena, que eu tenha grande mobilidade e esteja perto do meu mercado consumidor. É o Paraguai", disse.

Ele afirmou que "o Paraguai tem a intenção de combater" esse crime, "só que as características geográficas facilitam" a vida dos traficantes.

"Eles adotaram o Paraguai como um dos melhores locais para instalação de seus escritórios. Aqui há facilidade e corrupção policial como em qualquer lugar", revelou.

Santos defendeu um acordo de cooperação formal para facilitar o trâmite de informações, desburocratizar e manter contato direto.

Além disso, ressaltou que os cortes orçamentários do Governo brasileiro prejudicaram o combate ao crime na fronteira.