quinta-feira, 13 de maio de 2010

Avião não tripulado entra em operação até o dia 15 de junho para “vasculhar” a fronteira


Midiamex
Nicanor Coelho, de Ponta Porã

O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, José Martins Lara afirmou que até o dia 15 de junho vai entrar em operação o avião não tripulado que fará o patrulhamento área da área de fronteira.

O anúncio foi feito ao final da reunião no gabinete do prefeito de Ponta Porã Flávio Kayatt com toda a cúpula da segurança pública do estado.

O superintendente afirmou que os policiais federais já foram treinados para manipular as informações que serão enviadas pelo avião que ficará numa altura aproximada de 15 quilômetros.

O avião que tem 15 metros de envergadura conta com uma bateria que fornecerá energia suficiente para vinte horas de trabalho. O prefeito Flávio Kayatt afirmou que “este avião é uma coisa extraordinária” enquanto que o diretor da Força Nacional coronel Luiz Antonio Ferreira disse que “vamos ganhar a guerra contra o tráfico de drogas e armas e todos os tipos de crimes na fronteira”.

O prefeito aproveitou o encontro para anunciar que a Prefeitura de Ponta Porã vai doar para uma área de trinta mil metros quadrados para que a Polícia Federal possa construir sua sede própria.

O superintendente José Lara disse que o projeto da sede será elaborado tendo como base o que foi construído na delegacia de Foz do Iguaçu no Paraná.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Lula promete R$ 60 milhões e avião não tripulado para vigiar fronteira com Paraguai


Midiamax

Alessandra de Souza
Presidente Lula e Lugo estiveram hoje em Ponta Porã, fronteira com o Paraguai

Celso Bejarano, da Redação e Nicanor Coelho, de Ponta Porã

O presidente Lula disse hoje, em Ponta Porã, onde se reuniu com o presidente paraguaio, Fernando Lugo, que o seu governo vai aplicar R$ 60 milhões em projetos de segurança que devem ser implantados logo na fronteira dos dois países. Lula comentou também a compra de um avião não tripulado, fabricado em Israel, aparelho que será usado para vigiar a fronteira.

Semana passada, o senador paraguaio Robert Acevedo, aliado de Lugo, sofreu um atentado em Pedro Juan Caballero. No ataque, o segurança e o motorista do parlamentar morreram baleados. Para a polícia do país vizinho, grupo ligado ao tráfico de drogas foi quem investiu contra o político, tido na fronteira como rival número um do narcotráfico.

“O narcotráfico deixou de ser uma microempresa e virou uma grande indústria. "Os traficantes meteram-se com os governos de Brasil e Paraguai. Agora vamos enfrentá-los. Sei que aqui [fronteira] tem muito mais gente boa, honesta, do que traficantes de drogas”, disse Lula na coletiva de imprensa, em Ponta Porã.

O presidente brasileiro disse ainda que os consumidores de droga devam ser combatidos de “maneira mais dura”. “Não podemos atacar somente os traficantes, não, quem consome também”, disse Lula. Hoje em dia, o dependente da droga não enfrenta processos judiciais caso seja descoberto pela polícia.

De acordo com o discurso de Lula, os R$ 60 milhões serão aplicados em 11 bases policiais que devem ser erguidas na linha de fronteira dos dois pais, uma extensão que supera em pouco mais de mil quilômetros. Nesses postos policiais, segundo o plano brasileiro, devem atuar policiais civis, militares e agentes rodoviários e também da Força Nacional. Esse efetivo será conhecido como Polícia Especial de Fronteira, segundo Lula.

Para as autoridades policiais brasileiras, o território paraguaio é um dos que mais produz maconha na América do Sul. A droga sai dali, normalmente pela cidade de Capitan Bado, passa por Mato Grosso do Sul e segue para os grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. E quem transporta a droga são os brasileiros, quase todos desempregados, induzidos por propostas que variam de R$ 500 a R$ 5 mil por empreitada.


Mas a influência econômica dos traficantes não atrai apenas os desempregados. Eles costumam corromper policiais tanto do lado brasileiro quanto paraguaio. Nas duas semanas passadas, por exemplo, dois policiais civis foram presos em Mato Grosso do Sul, um deles transportando 14 de quilos de cocaína.