Dono de hipermercado incendiado no Paraguai pega 12 anos de prisão
ASSUNÇÃO, Paraguai, 6 Ago 2009 (AFP) - A Suprema Corte de Justiça do Paraguai confirmou a condenação a 12 anos de prisão do proprietário do hipermercado onde aconteceu uma das piores tragédias da história recente do país sul-americano, com 400 mortos e 700 feridos em um gigantesco incêndio ocorrido em 2004, anunciou nesta quinta-feira uma fonte judicial.
Em fevereiro de 2008, Juan Pio Paiva foi considerado culpado de homicídio involuntário por ter ordenado o fechamento das portas do estabelecimento na hora do incêndio para impedir os fregueses de sair sem pagar. Porém, a pena foi revogada poucos meses depois por falta de provas.
Sábado passado, por ocasião do quinto aniversário da tragédia, centenas de sobreviventes e parentes de vítimas se reuniram para pedir à justiça que não arquive o caso.
A Suprema Corte também condenou a dez anos de detenção Victor Daniel, filho e sócio de Juan Pio Paiva.
O responsável pela segurança, Daniel Areco, foi condenado a cinco anos de prisão e o administrador do hipermercado, Humberto Casaccia, pegou dois anos e meio.
Na manhã desta quinta-feira, dezenas de sobreviventes e parentes de vítimas foram ao palácio de justiça para exigir a detenção imediata dos condenados, que foram deixados em liberdade.
O drama ocorreu no dia 1 de agosto de 2004, quando 2.000 pessoas estavam no hipermercado.