Paraguai pede fim das assimetrias no Mercosul
TUCUMÁN, Argentina, 1 Jul 2008 (AFP) - As assimetrias econômicas e os obstáculos à livre circulação de mercadorias no Mercosul causaram efeitos devastadores na economia do Paraguai, disse nesta terça-feira o chanceler paraguaio, Rubén Ramírez, na Cúpula presidencial do Mercosul e países sócios.
"Esse esquema de integração incompleto no Mercosul aumenta as assimetrias regionais. A falta de livre circulação de mercadorias implicou efeitos devastadores na economia paraguaia", declarou o diplomata na sessão plenária da cúpula, que acontece em Tucumán (norte da Argentina).
Ramírez defendeu "uma coordenação da política cambial" e "a eliminação da dupla cobrança tarifária" de produtos, uma das pendências do bloco.
"Para o Paraguai, é imperativo que essas soluções se dêem de maneira urgente. Apenas com a plenitude da integração, meu país poderá se dotar de instrumentos aptos para atender às suas necessidades de desenvolvimento", disse o diplomata.
Ele fez questão de destacar, contudo, que o Mercosul aprovou, em Tucumán, "mais de 60 projetos que beneficiam as pequenas economias da região que são o Uruguai e o Paraguai".
Hoje, o bloco aprovou o financiamento de cinco projetos por 23 milhões de dólares para obras de infra-estrutura no Paraguai, cujo aporte será realizado por meio do Fundo para a Convergência Estrutural (Focem).
UO